quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Ti...

Carolina;

Os sonhos são uma outra forma de viver a realidade que desejamos real..

Tens todo o direito de sonhar, tens todos os direitos do mundo.

Somos almas livres, desejamos, queremos, sonhamos, batalhamos…não lutamos, apenas e quando não tem de ser! E se calhar minha amiga, desta vez não tinha de ser e serviu apenas para te mostrar que os caminhos não estão fechados, que vale a pena sonhar e acreditar e esperar…porque um dia, um dia quando menos esperamos “tlimmmm” uma chama, uma luz, uma força maior apresenta-se à nossa frente. Obriga-nos a enfrentá-la a vivê-la a ser com ela.

E nós somos e nós vivemos e nós sonhamos e nós queremos, e nós estamos cá porque acreditamos…no Amor!

Um beijo para Ti

A

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Meu querido Bernardo,

Hoje tornei a sonhar contigo. Foi a segunda vez em pouco tempo. Os mesmos olhos, o mesmo sorriso de adolescente, o mesmo cabelo desgrenhado.
Não fiquei triste quando soube oficialmente que tinhas voltado para o teu casamento. Espero que a tua separação tenha servido para fortalecer ainda mais o sentimento que te une à tua esposa. Todos nós, por vezes, em algum momento das nossas vidas, precisamos de parar. Reflectir e tornar a erguer-nos. E tu se agiste deste modo é porque sentiste que era o que tinhas a fazer. Os teus filhos merecem-no, sem sombra de dúvida.
Apenas continuo sem entender porque me apareces nos sonhos. Se pouco ou nada me tenho lembrado de ti. Pelo menos ajudaste a resolver tudo o que havia entre nós. Que não era nada. Que não fazia sentido nenhum. Resolveste todas as ilusões que eu tinha e só posso agradecer-te por isso. Sem rancores, porque nunca fui pessoa de ter esse tipo de sentimento. Tive pena sim. Que não se consolidasse uma amizade entre nós. Tive pena, isso sim. Mas se calhar não fazia sentido existirmos na vida um do outro. E o que não tem de ser, não acontece. Tão simples e claro. Sem rodeios ou falsas esperanças.
Claro que fico a pensar nos sonhos que tenho, sem dúvida temos uma quimica. Não sou hipócrita. Mas foi melhor assim. Ficou resolvido. Desejo-te o melhor, sempre e todos os dias.
Porque o teu sorriso me vai desarmar sempre. Porque o teu olhar é terno e doce. Porque esse cabelo desalinhado te fica tão bem. Só te peço uma coisa em jeito de despedida. Não faças a barba. Usa-a aparadinha, fica-te muito melhor.

Um beijo enorme,
desta sempre tua.

Carolina

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

As Cartas

Minha amiga

Foste entrando na minha vida devagar, como quem quer sem querer.
Fui-te deixando entrar, desejando que entrasses, com medo, sempre e sempre aquele maldito medo de me dar, de me magoar. Com o tempo foste mostrando e provando e comprovando que nada fazia mais sentido do que te deixar para além de entrar...ficar.
Abriste o coração como quem abre a porta de um castelo encantado, abri-te a alma e fomos construindo uma coisa que se chama amizade. Na distancia dos km, mas nunca da alma.
Estou aqui para ti...sabendo e desejando que estejas sempre aí para mim.
E agora...como o último reduto de uma vida sem sentido, quiseste dar-me sentido, mostrar-me o caminho, ofereceste-me um bocadinho mais de ti e abriste a porta das "Cartas Partilhadas".
Sim, minha amiga, vamos lá...de mão dada na distancia dos km...vamos lá. Enfrentar a vida, enfrentar o futuro, enfrentar o que venha.
Que a nossa caminhada seja...apenas que seja.

A

De volta...

O Cartas Partilhadas reabriu.
A partir de agora com uma participação muito especial.
A minha querida A com quem quero partilhar este espaço, de coração aberto.

Sê muito bem-vinda.
Da tua,
Carolina

domingo, 16 de maio de 2010

A Despedida

Nunca te poderia escrever uma carta de despedida com uma caneta que tinhas sido tu a oferecer-me.
Ao início fiquei com muita raiva. Senti ódio até. Dentro de mim só conseguia projectar a palavra: odeio-te. Odeio-te. E não deixa de ser verdade.
Passaram pouco mais de 24 horas e tenho feito de tudo para continuar a ouvir tudo aquilo que me disseste, com razão é certo, mas sem o menor sentimento. E isso é que me magoou mais do que tudo.
Torno a repetir, és mais do que perfeito para existir na minha vida. Continuo a achar que falaste pela razão. Que escondes muitos sentimentos dentro de ti. Que não és feliz na maioria dos dias. Ou então és e eu é que ando trocada e a viver de ilusões.
A minha perspicácia deve ter-se perdido no tempo. Tudo o que o teu olhar me transmitiu foi puro engano. O teu sorriso espontâneo foi uma mentira e a tua mão a tocar na minha não passou de um sonho. Simples, como vês. Em meia dúzia de linhas se transcreve tudo o que sente nalguns meses. Para não ter de dizer que foi num período de tempo muito maior.
Desejo-te as maiores felicidades, mas peço-te, não ouses me procurar mais. Não depois de tudo o que me disseste. Não posso permitir que me voltes a estilhaçar por dentro. Não posso. Não vou deixar que me convenças de algo que não és e muito mais, de algo que não sentes. Odeio-te. Repito-o quantas vezes forem necessárias para não me esquecer. Tal como todos os teus telefonemas intermináveis e tardios. Esquece. Nunca te vi, nunca te conheci. És apenas um fantasma na minha vida.
Um que me assombrou os dias e tantas noites. Que me falou ao ouvido e me conheceu verdadeiramente. Serás sempre uma pedra na minha vida.
Não irei atrás de ti a lugar nenhum. Sorrirei se assim tiver de ser, mas não esperes mais nada. Porque te dei tudo. O mais fundo e escondido que tinha. O mais especial. Agora ficou apenas o resto. O resto de tudo aquilo que trouxe. Junto com a mágoa e as lágrimas que chorei. Sozinha.
Tenho pena. Muita pena.
Mas sempre achei que querias mais para ti.
Tudo aquilo que te gosto, ficará apenas para mim. Jamais to revelarei. E tornarei a sorrir, se tiver de ser. Mas vou fugir o máximo que puder. Para não ter de te encarar. Para não ter mais um céu estrelado como tecto. Não posso. Não poderei mais permitir que me abraces e me toques.
Não.
E assim me despeço de alguém, que do nada, desmoronou este muro que é a minha vida.

Odeio-te. Nunca te esqueças.
Aquela que um dia se deu a ti, mas que não mais se dará,
Carolina

16 de Maio de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

11 de Abril de 2010

"É por Amor que fazemos sempre coisas impossíveis"...
É a frase de uma música do Alexandre Pires, vocalista dos Só pra Contrariar.
Há anos que não ouvia isto. Mas dado que hoje estou uma lamechas do pior, vá de meter o cd. Incrível como ainda sei estas letras todas de cor...
Incrível como cada frase que o Alexandre canta é uma verdade absolutamente fascinante...
É por Amor... Sempre o Amor. Esse malandro que nos tira o sono, a fome e tudo o que vier. Acorda-nos a meio de um sono profundo.... Alimenta-nos os dias, como se fosse rico em todo e qualquer nutriente.
Ai... Ai... (Suspiro)
Nem sei porque hoje me deu p'ra isto... Há coisas que a própria razão desconhece...
Hoje não sei o que sinto. Não sei o que quero. Para onde vou ou para onde quero ir. Quero tanto e ao mesmo tempo tão pouco. Falta-me tão pouco...
Tenho saudades. Tenho tantas (boas) recordações. Tenho tantas certezas.
Sei que há coisas que não fazem sentido, mas ao existirem têm tanto sentido...
Um beijo...
Um abraço...
Um sentir...
Um toque...
Tudo aquilo que um dia nos uniu, hoje separa-nos. Não sei se por muito ou por pouco tempo... Não sei... Quem sabe um dia o consiga descobrir...Um dia... Ou uma noite...
Quando metade do mundo dorme, nós entregamo-nos nos braços um do outro. Rimos e sorrimos (cúmplices). Trocamos tudo aquilo que não tem preço e que não podemos trocar todos os outros dias e todas as outras noites.
É assim que te vejo. O anjo que a noite me traz. Uma dádiva. Um desejo realizado. Um Segredo.
Porque partilhar é simplesmente dar um pouco de nós. Nem que seja num silêncio. Num olhar. Num toque. Numa canção. Numa música. Em palavras de outros, que tão bem dizem aquilo que não podemos (ou não queremos revelar)...
E o Alexandre continua a cantar e eu vou roubar-lhe mais uma frase: "Você não sabe o que é o Amor!"...
Nem eu sei o que é o Amor. Prefiro não saber. Pelo menos hoje, que estás longe.
Quero que me ensines quando voltares, quero que o digas. Diz-me o que é o Amor. Partilha comigo o que trazes dentro do peito. Que eu sei que está cheio. Não tenhas medo. Não quero tornar a ver-te chorar.
Adoro-te. E não posso. Não posso. Porque sei que não vens para ficar.
Um beijo. Um simples Beijo. E aquele toque. O nosso. Perfeito.

A tua,
Carolina

sexta-feira, 19 de março de 2010

19 de Março de 2009

Tenho saudades. Tenho sentimentos. Tenho pensamentos.
Tenho tudo aquilo que não devia ter. Que não queria ter.
Tantas vezes dou comigo perdida a pensar em ti. Sei que tantas vezes te fugiu o pensamento para mim... Mas desviaste a atenção. Contrariaste a direcção daquilo que sentias bem no fundo do teu coração. Sei isso bem. Faço o mesmo vezes sem conta.
Tentamos esconder, principalmente de nós próprios que nutrimos sentimentos por pessoas que não queremos. A verdade é mesmo esta. Não queremos sentir. Seja porque motivo fôr.
E eu não quero gostar de ti. Só eu sei o que não quero gostar. Mas há coisas que acontecem connosco e nós não controlamos. Não sei muito bem porquê. Por vezes penso que é castigo. O ser humano acha que controla tudo e que só sente o que quer e o que mais lhe convém.
Sempre soube que a nossa ligação não significava nada para ti. Mas senti que de alguma forma mexia contigo. Não sei o que pensar, o que dizer. Estou aqui. Como sempre estive. Sozinha comigo e com tudo o que vivi. Recordando momentos fugazes que me fizeram pensar. Que colocaram em causa aquele caminho que eu sempre controlo. Que eu sempre acho que tem de ser feliz. Que um dia irá ser.
Sinto falta das nossas conversas. Da cumplicidade que criámos, mesmo sem querer. Que aconteceu.
Sinto falta dos telefonemas tardios em que arranjávamos qualquer assunto da treta que justificasse não termos de desligar.
Sinto falta da tua voz no meu ouvido a dizer quantos ensinamentos já me tinhas dado...
Sinto falta dos Nãos que repetias para te convencer muito mais a ti, do que a mim...
Até sinto falta quando me dizias: Epá tu és tão lerda, tão lerda, que eu nem sei...
Mas no fundo sabias que eu era tudo menos menos isso.
Confessa-me que sentes alguma coisa. Confessa-me o que é. Diz-me que tantas vezes te recordas de mim. De nós dois.
Que por breves instantes, pensaste em mudar toda a tua vida. Que pensaste que podiamos fugir os dois para o Alentejo, para a terra que nos viu crescer e que tanto amamos...
Da mesma forma que te escrevo, sinto estas palavras como quando falava contigo.

Provavelmente nunca lerás este texto. Porque apenas e só eu nunca tive coragem de o mostrar.
(E hoje faz exactamente um ano desde que guardo estas palavras).
A tua,
Carolina

sexta-feira, 12 de março de 2010

12 de Março de 2010

Hoje mal dormi. E tu também. Tenho a certeza disso.
Tinha tantas saudades tuas. E apesar de viveres nesse silêncio absurdo, eu sei que sentes o mesmo.
O teu olhar diz-me tudo. Pede-me um colo que não me canso de te dar. És tão especial para mim. Sem motivos, sem propósitos, sem qualquer tipo de interesse.
A imagem da tua face passa-me a mil à hora em repeat. Como se de uma montagem se tratasse.
Deste o mais íntimo de ti, senti-o tão bem. Quer nas palavras, quer no toque, quer na cumplicidade que criámos um com o outro.
"Escreves sobre tudo" - dizias-me tu. E agora eu respondo-te: "Sabes porquê? Para que as coisas não desapareçam com o tempo. Quando escrevemos revivemos tudo como no próprio momento em que existiu. E eu quero que tu perdures em mim. Porque as coisas boas é que nos dão a base para aguentarmos as más. És quase perfeito."
Nada mais tenho para te dizer. Não gostei de te ver chorar. Jamais imaginei que chorasses. Jamais...
Terás sempre a minha amizade. Podes sempre contar comigo.

O maior abraço de todos.
Carolina

... de Março de 2010

Meu querido destino,

A noite já corre longa. E eu pego num dos meus cadernos preferidos para te escrever. Quando tenho dúvidas ou questões que gostava de ver esclarecidas, escrevo. Sempre foi assim. Na esperança de que estas linhas onde pouso a caneta e debito palavras, me esclareçam. Me gritem aquilo que me faz falta ouvir. Me alertem para o caminho que devo seguir. Me ajudem na tomada de decisões.
Sei que se batemos com a cabeça é porque precisamos crescer e evoluir. Muitas vezes é preciso passar mal para dar valor ao estar bem.
Mas eu continuo sem entender. Sem dar sentido à maioria dos dias. Como se a minha vida se encontrasse suspensa numa nuvem. Do alto vejo as vidas correrem, apressadas. Vejo que o Amor deixou de ser aquilo que eu gostava que fosse. Já não há dedicação. Ou se ainda existe, anda bem escondida, quase sem se dar por isso.
A maioria das vidas dos dias de hoje são como a fast food. Faz-se tudo em poucos minutos. Sem grandes temperos. O chamado "atar e pôr ao fumeiro".
Portanto esta carta é um pedido. Ajuda-me a esclarecer o que vai ser a minha vida daqui para a frente. Não me importo de cair para aprender. Sei que ao levantar-me terei mais capacidade de entendimento. Que serei uma mulher com mais confiança.

Não me baralhes mais a vida. É a única coisa que te peço.

Sempre tua,
Carolina

terça-feira, 9 de março de 2010

08 de Março de 2010

Tu sabias. Tinhas todas as respostas dentro de ti. Mas nem mesmo assim, foste capaz de abrir o peito e me dizer a verdade. Sabias que não resultaria. Que qualquer tentativa seria infundada e sem sucesso.
Não tenho mais nada para te dar. Tentei de tudo. Esforcei-me e queria, oh se queria. Só eu sei o que queria que isto resultasse. Mas não está nas minhas mãos.
Não posso comandar o que sentes. Não posso. Nem tenho de o fazer.

Acredita que fiz de tudo. E tornava a fazê-lo.
Apenas e só pela esperança que tinha que tudo iria correr bem. Finalmente...
A tua,

Carolina

quinta-feira, 4 de março de 2010

3 de Março de 2010

Detesto dar-me mal contigo.
Principalmente quando não há um motivo válido para andarmos de costas voltadas.
Enquanto tudo andar na corda bamba eu não consigo mais continuar. Preciso de saber o chão que piso. A cor dos dias que partilho. Preciso que me dês certezas sobre as matérias que me magoam. Que não estão claras e muito menos resolvidas. Preciso que te dês, por inteiro. Com a clara e objectiva convicção de que é ali que queres estar e não noutro lugar qualquer.
Preciso disso tal como preciso de um lugar limpo, com ar puro para poder respirar tranquilamente.
É difícil? Eu sei que sim. Mas não é no adiar sucessivo que se irá tornar mais fácil. Não é no fingir que está tudo bem que se esquece que existe um problema. Que para mim é grave, que para mim é o principal factor de todas estas costas voltadas. Amuos e mágoa.
Preciso de ti. De peito aberto. Com vontade para seres meu, sem a menor ponta de dúvida.
Os lugares são aquilo que fazemos deles, logo, haverá um dia em que juntos sejamos felizes, numa que um dia, será a nossa casa.

Adoro-te muito.
A tua,

Carolina

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

... de Fevereiro de 2010

Queridos Vizinhos,

Não é novidade nenhuma que não vos gramo. Como também não morrem de amores por mim, o sentimento é recíproco. Mas ainda bem. Já viram a trabalheira que era gostar de vocês e vocês não gostarem de mim? Não podia sofrer mais esse desgosto. Nem tão pouco existo para vos provocar qualquer tipo de sofrimento ou tristeza.
Agora que já partilhei o que sinto por vós, tenho mais umas quantas coisas para vos transmitir.
Bem sei que não estive presente na reunião de condomínio. Só eu sei o desgosto que me provocou, não ter podido estar presente. Mas foi impossível.
Esta coisa de estudar na Faculdade, ter exames e outras coisas que tais, tem-me impedido de estar presente nos mais variados eventos. Mas eu pago pra lá andar, ando lá porque quero, e acima de tudo porque aprendo. Coisa que (com muita pena minha) não acontece com os momentos anuais que todos os anos ocorrem à entrada do nosso (ou direi melhor vosso?) edifício.
Mas deixem-me que vos diga, não foi bonito o que fizeram este ano. E eu não gostei. Mesmo nada. Até porque (e infelizmente) já fui administradora e se bem me recordo (porque não foi há tantos anos assim), nunca vos tratei da forma que me trataram este ano.
Não é bonito colocar um papel na caixa do correio a pedir 500€ para ser entregue daqui a pouco mais de um mês.
Mais uma vez volto a repetir, sei que não estive presente na reunião, mas tal como me batem à porta para questões de merda, para reclamarem por tudo e mais alguma coisa, custava muito baterem para falar de um assunto sério e porque (principalmente) envolve uma quantia elevada de dinheiro?
Hoje, ou nos próximos dias vou bater à sua porta, para lhe dizer que não tenho intenção de me ir prostituir para vos pagar... Lamento não ter um salário multi-milionário para ter disponível tudo aquilo que precisam, e na altura que mais vos convém.
Não me consigo esquecer da vossa falta de carácter, quando tentaram de tudo para me "roubar" a casa que eu tinha mais do que direito a comprar. E vocês sabem bem porquê, não vale a pena estar a referir.
Odeio a forma arrogante com que gerem este edifício.
Acham-se donos e senhores de tudo só porque vivem aqui desde sempre. Lamento desiludir-vos, mas o prédio é de todos, NÃO É SÓ VOSSO!!!
Lamento não ser igual a vocês. Mas é com todo o orgulho do mundo que sou diferente. Se se preocupassem mais com a vizinha do R/c que é uma parasita da sociedade, passar à sua porta é um suplício e uma obrigação, visto que tenho de subir escadas para entrar em casa.
Cheirar a mofo que tresanda não é agradável. Ver uma casa com as janelas fechadas (e imundas) há anos, não é bonito.

E agora sinto-me muito mais leve. Desabafei.
Adoro a minha casa. Cresci lá e por muito que me odeiem, jamais me conseguirão tirar de lá pra fora. Portanto vão ter de continuar a levar comigo. (e eu convosco). Bah

Com elevada estima,

Carolina

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

... de Fevereiro de 2010

Perdoa-me nunca ter tido a coragem de te contar.
Desculpa-me ter fugido. Mas a única coisa que queria era poupar-te a estar situação. Tive medo. Pânico, diria. Quando o teste de gravidez deu positivo eu não tinha como voltar atrás.
Bloqueei o suficiente para bloquear a minha vida. E a tua. Passaram quase 2 anos. Ainda choro muito. Por ti. Por este Amor que ainda me sufoca. Pela raiva que se instala quando olho para a nossa filha. Saberes que ela existe e nunca te teres preocupado.
Sei que errei. Sei que quando soubeste que ela vinha a caminho, era tarde de mais. Mas para um filho saber que tem um pai, nunca é tarde. Ela tem a tua cara. Tudo o que transparece no seu rosto, é teu.
Dizes por outros que eu "nunca soube amar alguém". Enganas-te. Só quem faz o que eu fiz é que sabe o que é Amar. Incondicionalmente. Deste-me o melhor que a vida me podia dar, mas também me arrancaste as entranhas sem dó nem piedade, quando demonstraste que nada iria mudar na tua vida. Mas sabes? Tudo mudou na minha. Pela causa mais linda de todas. A nossa filha. Pelo Amor que nos uniu e que a fez vir ao mundo.
Tenho pena que não tenhas abdicado de nada por ela. Porque afinal de contas, quem perdeu e ainda perderá mais, és tu. Ouvi-la chorar quando saiu de dentro de mim. O primeiro sorriso. A primeira gargalhada. O primeiro passo. A primeira papa. Nunca saberás o que é ser Pai. Tenho pena ao mesmo tempo que me revolto. Por não teres tido coragem para me perdoar. Afinal de contas todos erramos. Eu assumi o meu erro, mas tu nunca assumiste os teus.
Só há uma coisa que ainda me mantém acordada a pensar. Viverás tu mais feliz assim? Fugindo das responsabilidades? Refugiando-te desse lado do mundo? Como se a tua filha não existisse?
Um dia a própria vida e o tempo, hão-de encarregar-se de me trazer todas as respostas. Enquanto isso, vou vivendo. Ainda que em banho-maria. Ainda que pensando em ti, mesmo com o coração nas mãos. Desfeito e sem esperança.
Que a tua vida siga e que sejas feliz o suficiente para continuares aí. Distante e em silêncio. Fingindo que nada se passa por aqui. Que tudo foi um sonho mau que sonhaste e agora a tua realidade é outra. Bem diferente e distante.
Eu aqui continuo. Com a maior e melhor companhia de todas. Com a nossa filha. Que me ensinou o verdadeiro sentido da partilha. Da palavra Amor.
E por último te digo, se não és pra ela, então dificilmente algum dia, serás para alguém...

Assim me despeço-me para Sempre de ti,

Carolina

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

17 de Fevereiro de 2010

Tenho saudades tuas. Tenho saudades minhas. Do que eu era ao teu lado. Do que eu quis ser contigo. De tudo aquilo que não houve tempo para construirmos juntos. Daquilo que não tinha razão de existir.
Tenho pena. Mas ao mesmo tempo tenho tanta esperança. Espero porque quem espera um dia encontrará o caminho. Ou o caminho encontrar-me-á.
Tenho fé. Acredito. E hoje é um dia em que vale a pena acreditar.
Tenho saudades daquele formigueiro que me fazias sentir. Da forma como te escondias atrás do teu sorriso.
Sei que te amei tanto em silêncio. Ao mesmo tempo que fugia com medo deste sentimento.
Serás sempre uma pedra na minha vida. Aquilo que devias ter sido e não foste.
Quem sabe um dia. Quem sabe numa outra vida. Quem sabe...
Agradeço-te o respeito e o sentimento puro. Mas no fundo uma parte de mim não consegue esquecer aquele dia. O dia em que te escondeste. O dia em que fugiste. O dia em que estivemos tão perto e tão longe. E não consigo esquecer. Nem perdoar. Porque tinha tudo para ser perfeito. Para ser tão nosso. Mesmo que terminasse no instante em que estaria a começar.

Uma parte de mim, Amar-te-á para sempre. A outra enterrou-te. Vivo. Junto com o sentimento. A outra parte ainda se arrepia quando me diriges a palavra...
Um dia terei de te perdoar. Para seguir. Para viver. Para te esquecer. Para que te tornes indiferente.
Para que deixes de existir em mim... Para eu esquecer o brilho desse olhar. Terno e tão perfeito. Para que... eu possa simplesmente voltar a ser eu... Sem estar rodeada da sombra de ti...

Sempre tua,
Carolina

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

18 de Março de 2009

Olá!!

Estou a escrever do único lugar que me liga a ti. Não preciso nomeá-lo. Ainda sinto o teu cheiro desde a última vez que aqui estive.
Agarrei no telemóvel e liguei-te. Estou a tremer. Não sei porque continuo ligada a ti. Não sei o que sinto.
Só queria fazer amor contigo uma vez que fosse e perceber o que és para mim.
Sinto que também estás ligado a mim de alguma forma. Aprendi a não explicar sentimentos, mas no fundo sinto-os a triplicar.
Não sei o que é melhor.
Perdoa-me não voltar costas a tudo e seguir. Desculpa esta minha insistência, mas eu tenho de saber o que é isto. Não te quero magoar, não quero absolutamente nada de mau. Só quero sentir, perceber e saber explicar o que é isto que sinto. Que eu acho que tu sentes e acabamos sempre por fugir um do outro.
Se eu te fosse indiferente não voltavas a procurar-me tantas vezes como aconteceu anteriormente.
Deixa-me sentir-te. Nem que seja por uma última vez.
Aquele beijo marcou-me de uma forma que eu não sei entender. E acho que o sentiste de igual modo.
Porque é que fugi se agora dava tudo para que estivesses aqui?
Talvez porque és uma pessoa proibida e eu não posso gostar de ti.
O que mais me espanta é o simples facto de nunca ter fugido de mais ninguém...

Carolina

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

6 de Fevereiro de 2009

Sei que não voltas. Disseste-o claramente. Vezes e Vezes sem conta. Com a convicção de que isso não seria o melhor.
A minha presença na tua vida simplesmente desapareceu. Nenhum bilhete escrito com o maior Amor, nos salvou. Ou melhor, corrigindo, nenhuma palavra me salvou.
Será que se morre de Saudades? Ou simplesmente se enfraquece? Dia após dia. Como uma ferida infectada que vai expandindo até que não haja mais salvação.
É assim com o Amor. Ficamos doentes e um dia... deixamos de conseguir controlar o que sentimos.
Sei que te perdi. E tenho tanta pena. Mas não posso desistir de mim... Não posso...

Carolina

18 de Janeiro de 2009

Chovia lá fora. Viro a esquina e tu estavas ali. Não sei se a olhar para mim ou simplesmente...
Deu-me um aperto tão grande no peito. Sufoquei no meu próprio respirar.
Só me lembrava da magnífica sensação das tuas mãos a agarrarem as minhas. O teu sentir, sempre tão perfeito. Em todos os dias de igual modo. O teu toque foi sempre tão especial.
E eu agora vou aprender a esquecer o que senti. A forma como te tocava e acima de tudo porque me querias sempre ali. Ao teu lado. A dividir um sofá pequeno e uma cama grande de mais.
Agora somos de novo Eu. E tu. Separados pela vida e por nós próprios.
Que consigas tudo o que mais queres. Eu aqui fico. Esperando que o dia seguinte seja melhor do que o anterior...
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Depois de uma relação falhada onde o sentimento existente era tudo o que nos movia, a nossa vida não é mais a mesma. A forma como se lida com os outros não tem mais o mesmo sentido.
Eras a última pessoa que eu esperava encontrar. Eras tudo aquilo que eu não contava que fosses. Eras o melhor naquele instante. Eras tudo. Foste tudo.
Alimentei o sentimento dia após dia, apenas e só porque a tua forma de olhares por mim e cuidares de mim era perfeita. Foi mais do que perfeita. Não consigo explicar o que sinto hoje.
Saber que já não me vais tocar à campainha para entrares e nos deitarmos juntos no sofá.
Não há espaço para uma Amizade porque eu não te quero como Amigo. Não quero! É simples e volto a dizer-te, fica com todos os teus amigos, mas de mim não terás isso, apenas e só porque eu não sei ser tua amiga!
Agora, só quero que os dias passem para que eu possa seguir a minha vida e esquecer que, mais uma vez, voltei a falhar!

Carolina