quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

17 de Fevereiro de 2010

Tenho saudades tuas. Tenho saudades minhas. Do que eu era ao teu lado. Do que eu quis ser contigo. De tudo aquilo que não houve tempo para construirmos juntos. Daquilo que não tinha razão de existir.
Tenho pena. Mas ao mesmo tempo tenho tanta esperança. Espero porque quem espera um dia encontrará o caminho. Ou o caminho encontrar-me-á.
Tenho fé. Acredito. E hoje é um dia em que vale a pena acreditar.
Tenho saudades daquele formigueiro que me fazias sentir. Da forma como te escondias atrás do teu sorriso.
Sei que te amei tanto em silêncio. Ao mesmo tempo que fugia com medo deste sentimento.
Serás sempre uma pedra na minha vida. Aquilo que devias ter sido e não foste.
Quem sabe um dia. Quem sabe numa outra vida. Quem sabe...
Agradeço-te o respeito e o sentimento puro. Mas no fundo uma parte de mim não consegue esquecer aquele dia. O dia em que te escondeste. O dia em que fugiste. O dia em que estivemos tão perto e tão longe. E não consigo esquecer. Nem perdoar. Porque tinha tudo para ser perfeito. Para ser tão nosso. Mesmo que terminasse no instante em que estaria a começar.

Uma parte de mim, Amar-te-á para sempre. A outra enterrou-te. Vivo. Junto com o sentimento. A outra parte ainda se arrepia quando me diriges a palavra...
Um dia terei de te perdoar. Para seguir. Para viver. Para te esquecer. Para que te tornes indiferente.
Para que deixes de existir em mim... Para eu esquecer o brilho desse olhar. Terno e tão perfeito. Para que... eu possa simplesmente voltar a ser eu... Sem estar rodeada da sombra de ti...

Sempre tua,
Carolina

3 comentários:

  1. Por instantes levitei com tuas palavras... Deixei o mundo que me rodeia e entrei num que não era o meu, mas que fez sentir muito bem!
    Obrigada por este agradável momento.

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  2. identifiquei-me com tantas palavras.... beijo

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  3. Li o fragmento da tua história que transparece nestes posts. Impressionante.

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