Meu querido destino,
A noite já corre longa. E eu pego num dos meus cadernos preferidos para te escrever. Quando tenho dúvidas ou questões que gostava de ver esclarecidas, escrevo. Sempre foi assim. Na esperança de que estas linhas onde pouso a caneta e debito palavras, me esclareçam. Me gritem aquilo que me faz falta ouvir. Me alertem para o caminho que devo seguir. Me ajudem na tomada de decisões.
Sei que se batemos com a cabeça é porque precisamos crescer e evoluir. Muitas vezes é preciso passar mal para dar valor ao estar bem.
Mas eu continuo sem entender. Sem dar sentido à maioria dos dias. Como se a minha vida se encontrasse suspensa numa nuvem. Do alto vejo as vidas correrem, apressadas. Vejo que o Amor deixou de ser aquilo que eu gostava que fosse. Já não há dedicação. Ou se ainda existe, anda bem escondida, quase sem se dar por isso.
A maioria das vidas dos dias de hoje são como a fast food. Faz-se tudo em poucos minutos. Sem grandes temperos. O chamado "atar e pôr ao fumeiro".
Portanto esta carta é um pedido. Ajuda-me a esclarecer o que vai ser a minha vida daqui para a frente. Não me importo de cair para aprender. Sei que ao levantar-me terei mais capacidade de entendimento. Que serei uma mulher com mais confiança.
Não me baralhes mais a vida. É a única coisa que te peço.
Sempre tua,
Carolina
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